Sabemos que a moda sempre foi volátil, que ciclicamente se repete ou reinventa e que o que se está na berra hoje amanhã já passou.
Com o aparecimento das cadeias de fast fashion e com consumidores cada vez mais exigentes e famintos de novidade o fenómeno é cada vez mais evidente.
Por seu turno, assistimos ao movimento contra corrente, o dos influenciadores, os primeiros que arrastam a multidão.
A moda, como outras áreas, vive esta dicotomia, como estar na moda sem estar?
E assim se verifica uma nova tendência, a diferença por entre o igual.
Estando subjacente um mesmo objectivo, o de estarmos na moda, como se distingue então este movimento?
Falamos de uma têndencia clássica, falamos de valorizar a qualidade, falamos de comprar uma boa camisola em vez de dez. Também o design se distingue com linhas direitas, geométricas, as cores são sóbrias, os tons pastel, o layering assume o papel principal.
Numa primeira instância é fácil perceber que este tipo de conceitos é aborrecido para as cadeias de fast fashion o que de alguma forma adia as cópias e mantém os verdadeiros fashion victims a liderar o pelotão.
Em alternativa a marcas que só algumas carteiras podem comprar, surgem as marcas intermédias a apostar forte na ideia acima descrita.
Um perfeito exemplo é o Club Monaco, que na Europa só existe em Londres, mas sobejamente conhecido nos Estados Unidos e na Ásia.
O Club Monaco foi fundado no Canadá, tendo sendo adquirido posteriormente pela Ralph Lauren.
Categoriza-se como High End, não se enquandrado na linha Premium da marca mãe, mas fugindo à ideia de fast fashion.
As lojas são pequenas, o atendimento é de luxo, e a marca, para além de roupa vende um estilo de vida. Aposta em matérias de qualidade superior, eco friendly, fazendo algumas parcerias com outras marcas que considerem partilhar os mesmos valores.
E assim se contraria integrando-se.
E a moda é isto mesmo, uma definição social, uma forma de expressão, que diz mais de nós do que aquilo que gostaríamos.
http://clubmonaco.borderfree.com/home/index.jsp?ab=global_home
Por Ana Murta Ladeira
0 comments :
Enviar um comentário