How do I look?


Não me levo muito a sério no que toca às farpelas. Gosto de experimentar misturas inesperadas e raramente me concedo o direito de investir quantias avultadas numa peça de roupa. Acredito que tem muito a ver com a forma como nos conectamos com o nosso aspecto e com o que a nossa atitude transparece através dele. Há dias em que olho para trás e me pergunto onde é que teria a cabeça para vestir determinadas coisas, sendo que noutros me sinto profundamente orgulhoso da minha ousadia e identidade. Tem que ver com o momento e com os registos que dele ficam. Consigo rever perfeitamente no meu semblante quando deveria ter ficado em casa porque não tive a mínima pachorra para me aperaltar. 

O melhor disto tudo e o que vos posso dizer é que, mais importante do que agradarmos aos outros, encaixarmos em padrões que nos são impostos ou sermos reféns de um período específico é termos a coragem de sintonizarmos o nosso estado interior naquilo que envergamos para nos apresentarmos perante o mundo.

Não esperem ver-me cheio de cores e às bolinhas se estiver triste. Mas desconfiem que a minha tristeza se poderá traduzir num visual profundamente poético e aprazível aos olhos.

Tenhamos a coragem de deixar que a roupa abrace o nosso instinto e nunca nos permitamos a fingir outras coisas da pele para fora só para agradar aos emissários do like e às revistas da especialidade. 

Nunca me imaginei a escrever um post sobre estilo. Sinto-me até um bocado imbecil. Mas pronto. O meu é o meu. 

Aprendam a ter e a gostar do vosso. 

Os outros também vão gostar mais.
Ainda que em segredo. 






















































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