De Reis a 2016
Desembainhemos a História e desafiemos a Estória, quais divergências das 12 badaladas, vibremos por novos desafios, amor exasperante que beneficia a nossa alma e nos dilacere o leito, o Ikea aqui tão próximo…
Deitamos a medir a Lua, percorrendo a essência do corpo, ronçando novos assuntos para desmentir os delatores…podemos avançar.
Afagamos o rosto do pertence, deitamos fora o 15, anda 16, anda e emerge – me para lá do desejo, calúnias passadas não movem o coração e eu pertenço ao universo redentor de algo superior.
Lisboa acorda, nós olhamos, percorremos a cidade por um lugar privado, gente entre molhos, tudo encastrado em desafios truculentos.
Se não olhares, eu posso beijar – te?
O jeito travesso de Lisboa incorpora a matreirice, entre tascas, de Alfama ao Combro, entre as colchas e as cores, doces aromas detonam orgasmos com que brindemos aos nossos amores.
A Lisboa, todos, não essa Lisboa de pijama encarneirada pela monogamia, essa Lisboa que sucumbe aos prazeres dos eunucos, essa Lisboa não tem imaginário nem afeição de Don.
Pela noite Lisboa emerge a sua libido, justa certeza, ardente, boa de cama, sem fulgores de plástico, voyeurs de prazer a sair da toca, assim borbulha a alma da cidade.
Not So Cool sugere para esta semana Lisboa, mas ao entrar na minha cama, tirem as meias.
Don Filipe Tiburcio
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