Namoro a quanto obrigas


Namoro a quanto Obrigas



 

NamoradO será provavelmente a palavra que gosto menos pronunciar, não por irritação matrimonial, mas pela fonética da mesma.


A 14 de Fevereiro, em pares, retumbantes e pornográficos de desejo, encaminham-se para uma das noites mais foleiras do ano para tricotar um almejado “felizes para sempre”.


Uma mão cheia de nada, pouca ansia do desejo, de quatro para as redes sociais, desvaloriza-se a satisfação do companheiro(a). 


Tenho por princípio não valorizar títulos, a propriedade terrena não tem lugar num ser humano, cabe somente a libido, o respeito e o sexo, mas do bom, premissas em desuso. 


Destila-se um aroma forçado, posição de missionário, entre pares, concubinAs do momento e fotos para amigos invejar.


A quem nutre simpatia por mim, mas o 14 é para jantar com a cara-metade, sugiro a Cervejaria Trindade, que de cervejaria taberneira tem pouco, o local é óptimo, decorado QB, sem encher o olho de corações, ursinhos e tudo acabado em “inho”; prima belo bom gosto e, claro está, sem esquecer o dia fofinho.


Don Filipe Tiburcio 

 

 

 


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