Fragilidades de quem dura



Ai ventagem, selvagem e desajustada que me eriças a pelugem e me prostas confinado ao nada. Os canídeos, alheios a subsídios, jazem na cama que fazem ladeados pelos meus membros trôpegos e devidamente enleados. O frio está com o cio e eu amparo-me de tais encontros. Deparo-me com tantos monstros que me abalam as certezas e me adiam as diligências, apressando rezas e consequentes condolências. Pelo meio desistências e pressa de ja lá estar, coisas do verbo amar que vem sempre tão cheio de incidências e esgar. As palavras altercadas e as surpresas falhadas combinam-se em tom conspirativo, procurando um só motivo para que hipotéticas facadas e nobrezas manchadas se atrevam a dar de si. Não há dó, nem ré, nem mi que possam encantar tão vis relatos que ouvis por aí. Partem-se alguns pratos, estragam-se refeições, há gesticulares febris e alguma falta de condições. Resta-nos a quietude, lado a lado, partilhando um fado e a finitude de outra ventura, com fulgor e amargura. 

Fragilidades de quem dura. 

0 comments :

Enviar um comentário