A Leste do Paraíso
Não gastarei muitas delongas, pois embarcar em caracteres poderá culminar numa estalada e o tempo de satélite está pela hora do falecido.
Estou em Łódź, Polónia, dix, “pobres coitados encarcerados pela Perestroika”. O Leste do nosso imaginário só tem nexo nos pontos cardeais, o dinamismo e as oportunidades empurram mais ainda o nosso Portugal para realidades de terceiro mundo.
Na minha varanda, a 3000 km, a vodka e o sexo deturpa – me os sentidos, imaginário orgásmico de um Portugal não consumido pelo Low Cost intelectual.
Como nos aqueceremos no Inverno, entre a vontade e o desejo de uns cavacos para brotar calor!?
O Sol, Mar, Gastronomia, Vinho e Bagaço, embarcam – nos numa realidade pouco vista pelo mundo, mas os vícios de uma pujante vida mirram pela opacidade cerebral.
Estendemo - nos ao relento, olhamos as estrelas, lirismo luso, capacidade intrínseca de um colóquio de prantos sentimentais, do amanhã incendiarmos o marasmo e acordarmos em abraços fraternais.
Ressacados da boémia estrelar, alguém dispara, “quem paga a conta ao merceeiro?”
As ondas de ternura têm de esperar…
Don Filipe Tibúrcio
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