As fotografias vão sendo cobertas por outras quaisquer imagens e frases que nos parecem fazer agora mais sentido à medida que as feridas se vão cosendo na invisibilidade do tempo. A selecção natural de memórias é reprogramada e o que importa já não é o que importou. Parece que uma nova estrutura óssea irrompe no interior da que outrora se revelou tão frágil, dando lugar a um combatente mais apto para cruzar outros precipícios que a irregularidade do trajecto lhe possa apresentar. O acaso não carrega apenas com as nossas mágoas e de quando em vez resolve dizer-nos que o que conhecemos do que nos rodeia é demasiadamente pouco para tudo o que há por abraçar.
Faria tudo de novo para chegar até aqui. O ponto de partida para todos os amanhãs que ainda me sinto capaz de dobrar.
Nunca podemos precisar quando passa. Mas passa sempre.
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