Amores de Maio
Todas as manhãs o sol troveja no nosso querido Portugal, por vezes grosseiro, na sua agrura sombria.
Maio pulula de divina providência, milagres e metafisica…”avé avé…”
Portugal está meio combalido, mas embarca na época do veraneio, que tomba calor e caracóis.
Sente – se a melodia da estação, mulheres brotam as suas formas, a pele cai, adivinha – se a beleza feminina para lá do apanhado de roupa, no limbo de um Inverno que já não tem lugar.
As vogais divulgam o encanto entre os raios dos longos dias que na brisa aporta a profusão de cheiros que regam a líbido, soando para lá da esquina os murmúrios de um quarto fresco.
A prosperidade tem viabilidade nos braços de um ofegante amor, nas longas noites, nas orações que nos embriagam o coração envolto em laços de ternura.
Filosofias de um traço romântico, de uma Ode a sentimentos em risco de extinção, entre a decadência e as agruras, garimpando a vontade de encontrar um Maio que nos leve para a cama e nos ame sem restrições moralistas.
Don Filipe Tiburcio
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